terça-feira, 9 de março de 2010

Eternamente Marilyn


Esse ano ela faria 84 anos, mais a imagem de uma senhora naturalmente envelhecida não existe. Mais de quarenta anos após a sua morte, Marilyn Monroe permanece como ícone máximo da sensualidade feminina.

Dia 1º de junho Norma Jeane, imortalizada como Marilyn Monroe, completaria 84 anos. Logicamente se ela ainda estivesse viva, a imagem da mulher que enlouqueceu homens – do transeunte de qualquer rua ao presidente dos Estados Unidos – não seria mais a da garota que pousou nua para o calendário da primeira edição da revista Playboy, no início dos anos 50. Mais, assim como os outros casos famosos de morte precoce, como Elvis Presley, Jimi Hendrix, Janis Joplin, James Dean entre outros, o destino reservou-lhe a eternidade.
A história dos 36 anos de vida de Marilyn Monroe é bastante intensa e cheia de contradições. Muitas incoerências foram criadas pela própria atriz e registradas em entrevista que ela cedeu principalmente no começo da carreira. O livro A Deusa – As Vidas Secretas de Marilyn Monroe, de Anthony Summer, lançado em 1985, traz relatos de jornalistas e personalidades que se referem à capacidade de fantasiar sua existência e fazer de histórias ilusórias o seu auto-engano predileto.

Hoje, quase 48 anos após sua morte, especula-se que seus transtornos de personalidade tinham raízes esquizofrênicas, mas na época ela era tratada como irresponsável quando não cumpria seus compromissos profissionais, já no fim da carreira, e suas radicais oscilações de humor eram vista como caprichos de uma grande estrela. Grande estrela, por sinal, que criou uma caricatura de si mesma tanto que no documentário Marilyn Monroe: O Fim dos Dias um escritor de Hollywood conta que, quando se faziam reuniões para discutir cenas dos filmes, ela se referia a si mesma na terceira pessoa.

Loira Platinada
Marilyn nasceu em Los Angeles, a cidade dos sonhos de David Lynch, e teve sua infância maracá pelas muitas casas de famílias adotivas nas quais viveu e também pelos orfanatos que passou, pois sua mãe, além de tê-la deixado para adoção ainda muito pequena, posteriormente foi internada em um centro psiquiátrico. Sobre o pai dela, apesar inúmeras especulações de biógrafos, não há certeza.
Aos 16 anos, encontrou em um casamento arranjado com um vizinho, Jimmy Dougherty, a oportunidade de se livrar dos orfanatos. Em algumas entrevistas ela contou que desde a adolescência sabia que causava impacto por onde passava por causa de suas curvas – até sobre suas medidas há várias versões, mas usualmente dizem que eram 89/56/89 -, mas também disse que sexo não era uma preocupação naquela época. E é principalmente em relação a sua vida sexual que pairam as inúmeras histórias nunca confirmadas. Histórias de abuso sexual na infância – que pra muitos eram apenas fantasias criadas por ela para impactar e chamar a atenção em uma sociedade obcecada pela ficção – ajudaram a construir o mito, assim com os inúmeros homens que, depois de sua morte, cantaram supostas experiências íntimas com a estrela.
Em 1944, já no fim da Segunda Guerra Mundial e com o marido em alto-mar servindo para a marinha americana, Marilyn é fotografada por David Conover, que a tira do trabalho em uma fábrica e a apresenta ao mundo profissional, ela se separa e assina um contrato com o estúdio Twenthieth Century Fox, para quem faz pequenos papéis em filmes sem relevância. Mas, obstinada por se tornar uma atriz genuína, trabalha arduamente para conseguir um papel notável. É dessa época os boatos de que, além de figurante, era Call Girl, acompanhava executivos em eventos importantes. Ela disse posteriormente que o passado de Call Girl trabalhava contra ela quando alcançou a fama.
Um ano após assinar o contrato com a Fox ela adotou o visual loiro platinado e passou a se chamar definitivamente Marilyn Monroe: o Marilyn foi sugerido por Bem Lyon (diretor de elenco da Fox) e o Monroe era o sobrenome de sua avó materna. Em 1947, estreou no cinema e, em 1953, atingiu o ápice com os filmes Como Agarrar um Milionário e Os Homens Preferem as Loiras. Partir desses as conseqüências que ele traria, pois ela já abusava do álcool e dos calmantes, que consumia acompanhados de champagne, e travava uma luta contra a insônia.

DiMaggio e Arthur Miller
Depois de se caras com o famosos jogador de beisebol norte-americano Joe DiMaggio, e se separar nove meses depois, ela resolveu ir para Nova York estudar artes cênicas com Lee Stransbergm, pois não queria ficar marcada apenas pela sensualidade e, apesar de ter consciência sobre as limitações de seu talento como atriz, queria se aperfeiçoar. Em Nova York, além de conhecer e se tornar amantes do escritor Arthur Miller, com quem se casaria em 1956, se tornou amiga do escritor Truman Capote. É de Capote, por sinal, um dos mais belos relatos sobre a loira. No livro Música para Camaleões, o escritor apresenta um conto chamado Uma Linda Criança, no qual descreve uma tarde em um velório acompanhado por ela. O encontro se estende depois da cerimônia e eles acabam tomando champagne – uma maneira de Capote fazer com que ela falasse livremente. Na medida em que ela se embebeda, começa a surgir a menina assustada e frágil, a linda criança que existia dentro dela.
Depois de inúmeros filmes, um Globo de Ouro como melhor atriz por Quanto Mais Quente Melhor, do casamento tumultuado com Arthur Miller (os críticos mais ácidos dizem que ela casou com o Miller errado, referindo-se a Henry Miller, também escritor americano e considerado, erroneamente, autor de livros pornográficos) e do reconhecimento mundial, tanto como símbolo sexual quanto como estrela hollywoodiana, estava doente, afundada nas drogas e incomodada como fato de as pessoas acharem que ela era apenas uma piada fabricada pela indústria do cinema.

Os Últimos Dias
O filme Marilyn Monroe: O Fim dos Dias conta a história dos bastidores do mais famoso filme inacabado de Hollywood, Somenthing’s Got to Give, com Dean Martin, contracenando com a estrela. No documentário é possível perceber a mulher em sua fase mais bela, mas extremamente frágil. Não fazia muito tempo que ela tinha se separado de Arthur Miler, o seu envolvimento com os irmãos Kennedy era público – e lhe causava problemas – e sua dependência química e sua saúde instável fizeram com que ela faltasse muitos dias das gravações, prejudicando financeiramente a Foz. Ela chegou a ser demitida e, pelo fato de Dean Martin se recusar a fazer o filme sem ela, foi readmitida poucas semanas depois. Mas não deu tempo de terminar as filmagens. No dia 5 de agosto de 1962, seis semanas após posar para o fotógrafo Bert Stern, foi encontrada morta em sua casa, vítima de uma overdose. Existem especulações sobre ela ter sido assassinada, mas não há provas concretas.

3 comentários:

  1. nao foi vce q escreveu né aldo??? anyway, bom pakas!! ^^

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  2. Norma Jean...q vida mais tumultuada ela teve!
    foi um dos primeiros sexsymbol do mundo do cinema
    morreu jovem, e muito misterio cerca sua vida e sua morte, alcool e drogas uma mistura detonante!!parabens pelo post,muito bom mesmo!!!

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